terça-feira, 19 de maio de 2015

Testadores 2015 - Resumão

Fala galera,

Segue um resumão do evento Testadores 2015, que rolou neste último sábado na Faculdade Impacta.

Infelizmente não consegui encontrar parte das apresentações, mas assim que o fizer, atualizarei esta postagem. Assim como ocorreu no TDC 2014, não vou resumir todas as palestras, principalmente para não entrar nos méritos de cada palestrante, então segue o resumo daquelas que mais gostei e alguns breves pontos das demais:

1. BDD em Ação (Alan Batista)

Alan destacou alguns pontos bem bacanas sobre o BDD que fiz questão de anotar (espero em breve disponibilizar a sua apresentação aqui):
  • BDD deve ser utilizado como um facilitador para o TDD;
  • BDD remete a comportamento e Living Documentation (em resumo, Cucumber);
  • Sempre devemos incentivar o teste durante o desenvolvimento;
  • Zero Bugs é UTÓPICO (todos sabem, mas é sempre bom repetir =D)
Alan também citou algumas ferramentas do seu Toolbelt BDD, porém não consegui anotar todas:
Por fim, foi realizado um Hands ON com BDD bem proveitoso para quem já teve algum tipo de contato com Ruby ou codificação de testes.

2. Testes para Aplicativos Android (Jorge Diz)

Jorge começou a sua palestra com uma imagem de uma tela de login mobile, com todos os campos disponíveis (usuário, senha, esqueci a senha e etc) e perguntou: "Onde está o erro desta tela?"

Ninguém acertou. O erro era: Fazer o login. Atualmente o usuário não quer fazer login e isso pode ser visto em quase todas as novas aplicações e sites que te permitem logar com a sua conta do Twitter, Facebook, Google e etc. O usuário está sem paciência atualmente para realizar um cadastro, ativá-lo através do seu e-mail e etc. Jorge está completamente certo neste ponto.

Sabe qual é o significado de API? Não, não é Application Programming Interface, mas sim Ainda Precisamos Implementar....

Jorge finalizou falando sobre os desafios técnicos e de organização para equipes e citou um termo bem peculiar: Fator Caminhão/Trem. Quantas pessoas você precisa atropelar para que o projeto pare? Existem empresas que basta que uma pessoa fique fora para que todo o projeto vá por água abaixo!

3. Testes do WS dos Correios via Visual Studio 2015 (José Correia)

José Correia mostrou como realizar testes de Webservices via Visual Studio, algo bem similar ao SoapUI para quem já esta familiarizado. Correia citou também um paradigma bem interessante, que se assemelha aos testes de interface: Paradigma da Catapulta, pois você aponta o teste, prepara a massa, carrega e dispara. Ao final recebe o retorno, analisa as informações e modifica para refazer o teste.

4. Testes Componentizados: Como esta Técnica pode Aumentar a Produtividade (Marcelo Galvão) - Slide

5. Testando APIs com REST com Rest-Assured (Júlio de Lima) - Slide

6. Ambiente de Teste: Criação e Destruição do Ambiente em Mainframe (Fernando Gandara)

Gandara trouxe uma palestra bem divertida para todos e fez um comentário bem bacana sobre o usuário de TI: O usuário é um ser místico. Só ele consegue fazer coisas impensáveis pelos desenvolvedores e testadores...

7. Qualidade Total. Um caminho sem FIM (Wellington Lockmann)

8. Um bom QA deve ser um DEV de verdade (João Almeida)

Gostei muito da palestra do João, foi uma palestra com informações bacanas e em uma linguagem tranquila para mim. Ele começou falando sobre o projeto do Campus Code, que não é um curso, mas sim uma oportunidade de aprender programação com profissionais em projetos reais! Recomendo que visitem o site para maiores detalhes, já fiz a minha inscrição.

João também comentou sobre o Codebases, que é um relatório que mostra a quantidade de linhas de código por aplicação. A escala começa em centenas, milhares, milhões, até chegar no bilhão de linhas de código. Clique aqui e confira os dados.

Assim como um esportista que precisa treinar fundamentos para sempre se manter em alto nível, João citou os fundamentos de desenvolvimento que sempre devem ser estudados, revisados e treinados:
  • Orientação a Objetos
  • Requisições HTTP
  • Arquitetura e Design Patterns
9. Criação de uma equipe de QAs, do Waterfall ao Agile (Robson Agapito) - Slide
Robson contou como foi a evolução da área de QA da Locaweb. Inicialmente os bugs eram registrados por e-mail, de uma forma onde o controle foi se perdendo com o tempo. Evoluíram para o Excel e no final chegaram ao Bugzilla. Pelo tempo que o Robson está na Locaweb (desde 2011), acredito que foi uma evolução um pouco lenta, pois eu utilizava o Bugzilla na Itautec em meados de 2009 e o sistema já era defasado em relação a Mantis, Jira e etc., principalmente por ser escrito em Perl.
Robson também citou a sua experiência em projetos utilizando Crowdtest. Na primeira oportunidade, onde era necessário validar a regra de negócio, a experiência foi ruim. Já na segunda vez, quando o foco da validação estava na usabilidade, a experiência foi boa. Por sinal é a mesma opinião que eu tenho sobre este tipo de contratação freelancer.
Na transição entre o Waterfall e o Agile, Robson citou que a equipe parou de usar o Bugzilla, apontando questões pessoais entre desenvolvimento e QA, algo que não consigo entender muito bem, ainda mais tentando traçar um paralelo entre a Locaweb e o Mercado Eletrônico. 
Agapito também apresentou as metas da área, que lembram muito os OKRs utilizando na minha empresa:
  • Criar casos de testes antes do desenvolvimento
  • Realizar mais testes através de Rotas do que testes em Interface Front End pelos QAs
  • Criação da automação funcional para o Happy Path
  • Ter aplicado testes de Performance
  • Oficializar novas técnicas para o processo de Testes Exploratórios para o time de QA.
  • Ter 100% das funcionalidades críticas dos painéis automatizadas
Outra coisa bacana foi o planejamento de treinamentos da área:
  • Leitura do livro Base de Conhecimento;
  • Treinamento Interno;
  • Treinamento Externo;
  • Coaching dos mais experientes da equipe;
  • Participação em eventos.
Por fim, a apresentação do Agapito sobre a Locaweb foi excelente para ver que a área de QA do Mercado Eletrônico e parte do nosso desenvolvimento de software não deve em nada para uma das maiores empresas de hospedagem do Brasil. Talvez exceto pela automação, que ainda estamos engatinhando, principalmente pela complexidade da nossa plataforma, todo o resto é equivalente ou superior!

No final acabei não participando da Mesa Redonda por conta do horário e infelizmente acabei perdendo as discussões.

Por fim, recebi hoje o meu certificado do evento:

Agora ficamos na expectativa para o TDC em julho e quem sabe algum outro evento da área ainda neste ano (o pessoal da Comunidade Testadores prometeu organizar outros eventos).

Abraços

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Grade do Evento Testadores 2015

Pessoal, saiu a grade do evento do próxima sábado (16/05):

Programação do Evento

Horário
Duração
Título
Palestrante
08:15 – 09:00
45 min
Cadastramento
N/A
09:00 – 09:15
15 min
Abertura
Organizadores
09:15 – 09:55
40 min
BDD em Ação (Hands on de BDD para todos os públicos)
Alan Batista
10:00 – 10:30
30 min
Testes para Aplicativos Android: Desafios Técnicos e de Organização das Equipes
Jorge Diz
10:30 – 11:00
30 min
Coffee Break e Networking
N/A
11:00 – 11:30
30 min
Testes do Web Service dos Correios com Microsoft Visual Studio 2015
José Correia
11:30 – 12:10
40 min
Testes Componentizados: como esta Técnica pode Aumentar a Produtividade
Marcelo Galvão
12:15 – 12:45
30 min
Testando APIs REST com Rest-Assured
Júlio de Lima
12:45 – 14:00
75 min
Almoço
N/A
14:00 – 14:20
20 min
Ambiente de Testes:  Criação e Destruição do Ambiente em Mainframe
Fernando Gandara
14:25 – 14:45
20 min
Qualidade Total. Um Caminho sem FIM
Wellington Lockmann
14:45 – 15:25
40 min
Um bom QA deve ser um Dev de verdade
João Almeida
15:30 – 16:00
30 min
Coffee Break e Networking
N/A
16:00 – 16:40
40 min
Criação de uma equipe de QAs, do Waterfall ao Agile
Robson Agapito
16:40 – 17:30
50 min
Mesa Redonda: Economia, Automação e Agilidade estão Transformando Testes e QA?
Diversos Convidados
17:30 – 18:00
30 min
Sorteios e Encerramento
Organizadores

Maiores informações no link: http://testadores.com/index.php/testadores-2015 
Segundo os organizadores, ainda temos metade das vagas disponíveis! Corra e faça a sua inscrição!

terça-feira, 5 de maio de 2015

Evento - Testadores 2015

Pessoal, haverá um evento sobre teste e qualidade de software no próximo dia 16/05, segue detalhes:

Realização: Comunidade Testadores
Data: Sábado, 16 de Maio de 2015
Horário: 8h15 às 17h30

Local: Faculdade Impacta Tecnologia
Avenida Rudge, 315 - Bom Retiro - São Paulo/SP

Apoio: Faculdade Impacta Tecnologia e Iterasys
Investimento: R$ 40,00
Programação (a grade final será publicada na sexta, 8 de Maio)

Inscreva-se com antecedência. Vagas limitadas.
Link para Inscrição: http://goo.gl/wJLbFp

Assim que a grade completa for publicada, disponibilizaremos aqui no blog!

Já fiz a minha inscrição, vejo vocês lá ;)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Temos um BUG!

A história abaixo é fictícia e qualquer semelhança com a realidade da área de QA das empresas é mera coincidência.

Sexta-feira, 16h55. Momento final de validação daquele Release cabeludo, com mais de 70 chamados envolvidos e que contém a liberação de novas funcionalidades para 12 clientes.

Faltam apenas 20 casos de teste para a validação total dos testes de regressão e liberação do Release, fora a liberdade para um final de semana sem stress e sem horas extras.

Eis que neste momento o inesperado resolve acontecer. Um dos casos de teste resolve falhar, e bem em um ponto que bloqueia os demais e que ainda por cima é crítico para o operacional dos clientes.

O que fazer neste momento? Gritar?? Sair correndo??? Se desesperar?!?

Bom, a coordenação e gerência de equipe nestes últimos três anos me trouxe grandes ensinamentos, como o fato de se manter calmo e sereno nestes momentos.

Algumas perguntas que devem ser feitas nesta situação:

- Será que a falha no caso de teste é realmente bug? Se é um bug, é de simples correção, ou de baixo impacto para o operacional do cliente, podendo ser corrigido posteriormente? A falha não seria por conta de alguma configuração no ambiente?

Quase sempre que isso ocorre, é uma situação diferente. O final da história do começo deste post tinha relação com o ambiente que estava com problemas, e por isso o caso de teste falhava. Ao mudar de ambiente (de QA para STG), o erro não foi reproduzido (ambos os ambientes estavam com o mesmo código-fonte aplicado) e assim o final de semana tranquilo foi garantido. Porém nem sempre é assim, a chance do bug ser realmente bug e ainda por cima crítico para o cliente é gigantesca.

Muitos gestores e líderes insistem em orientar suas equipes para que qualquer falha seja aberta como erro, sem qualquer tipo de análise. Eu mesmo as vezes peço para a minha equipe se comportar como a ROTA, ou seja, atirar ao invés de perguntar se a falha é bug ou comportamento do sistema. Mas isto deve ser feito com cautela. A diferença entre ambientes de teste é muito grande em diversas empresas, e dependendo do tipo de aplicação que está sendo testada, o ambiente de teste é a própria máquina do testador, então uma simples diferença entre versão do sistema operacional ou navegador já é o suficiente para alterar o resultado do teste.

E na área de QA de vocês, a história relatada acima já aconteceu? Qual foi o final dela? Com bug ou sem bug?

Abraços